sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Agradecimento

Carla, Felipe e Luciano, pessoas maravilhosas, que contribuíram para o desenvolvimento desse trabalho. Minha primeira postagem deveria ser essa, desculpe-me por estar escrevendo somente agora. "Mas antes tarde do que nunca".

Um sábio provérbio diz que" há amigos que se apegam mais do que irmãos" (Provérbios 17:17), e eu, Nathália Paula comprovo isso diariamente; agradeço a cada um de vocês que apoiaram esse projeto.

Amigos, obrigada. 

"Como não lembrar de vocês, 
como não chorar outra vez; 
só de lembrar; 
querer te abraçar
Se a estrada se abrir
e eu tiver que seguir 
Irei levar comigo 
cada amor de amigo
Como não querer 
de novo 
eu posso até ser boba 
com vocês
Mas eu viveria tudo outra vez".


Dedicado à:

Alcione, Carlinha, Dani, Elisa, Felipe, Luciano, Lucile e Ray.

Estar desassossegada com vocês é maravilhoso.

OBRIGADA.
Amo-te
Somente sei que amo-te
O sol que irradia minha existência
Não é comparável a esse sentimento
Indescritível e sentido
Palavras em todas as sua classes gramaticais
não expressariam meu amor
O amor que deveras sinto
Como a chuva, que jorra o aguaceiro
sobre minha cabeça
Molhando-me por completo
E como contraponto
seu amor
enxuga-me com toda ternura

Amor
Não consigo conceituá-lo
descrevê-lo
teorizá-lo

Sei que nada sei sobre o amor

Apenas o sinto como o vento
Apenas o almejo como tesouro
Apenas o quero
Para mim
O almejo porque com ele poderei ter você
Amo-te
Ah!
Como eu te amo
Sonharei com esse amor
que não sou capacitada para explicá-lo
Quem sabe um dia não o possamos discutir
Nesse momento
Só sei que te amo.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

"Navegar é preciso". Fernando Pessoa

LEITURAS



  • Mensagem;
  • O Eu profundo e os outros eus;
  • Poemas de Álvaro de Campos;
  • Poemas de Ricardo Reis;

Lembre-se: 

"Navegar é preciso.../ o que é necessário é criar". 


Boa leitura a todos.







BIBLIOGRAFIA

"Durmo e desdurmo". Fernando Pessoa


Esta é a página que irá direcioná-los ao Livro do Desassossego













BIBLIOGRAFIA

PESSOA, Fernando.  Livro do Desassossego. Organização de Leyla Perrone – Moisés. São Paulo: Brasiliense, 1986.


terça-feira, 17 de setembro de 2013

"Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso." Fernando Pessoa.

Dona Cléo e Maria Bethânia

Esse "big bang" literário ocorreu na Festa Literária Internacional de Paraty, a FLIP 2013.

É o encontro de "duas mulheres unidas por paixões complementares".

Para aqueles que não compareceram (como eu) assistam o vídeo. 

Insuportavelmente maravilhoso!


"Lendo Pessoa à beira-mar" com Dona Cléo ( Cleonice Berardinelli ) e Maria Bethânia

Uma das leituras é o belíssimo poema Autopsicografia de Fernando Pessoa



Assim meu "comboio de cordas não aguenta"! Bravo, bravíssimo.
















CALMARIA



De calma + aria
  1. Ausência de ventos e mar sem ondas;
  2. Grande calor e falta de ventos;
  3. Calma, sossego, serenidade;

No Oásis de Bethânia escutamos Calmaria. A música escrita por Jota Velloso e maravilhosamente interpretada por Maria Bethânia é como um favo de mel em nossos lábios. Embora não seja possível comê-la, façamos então o que é possível: ouvir. 
A música apresenta uma citação do Livro do Desassossego: "Não sei quantas almas tenho..."

Uma voz doce, profunda, calma e serena que desce ao fundo do nosso ser: 
"Sossego, sim, sossego. Uma grande calma, suave como uma inutilidade, desce em mim ao fundo do meu ser." (L. Do. Desassossego, 204)
Sintam, meditem e uma excelente calmaria.

Calmaria/Não sei quantas almas tenho.




CITAÇÃO

"Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei. Continuamente me estranho, nunca me vi, nem olhei. De tanto ser, só tenho alma. Às vezes, sou o Deus que trago em mim e, então, eu sou o Deus e o crente, e a prece e a imagem de marfim em que esse Deus se esquece. às vezes, não sou mais que um ateu, o mundo rui ao meu redor. Os meus sentidos oscilam. Bandeira rota ao vento busca um portolonge, uma nau desconhecida, e esse é todo o sentido da minha vida." 
(Bernardo Soares/Fernando Pessoa).


Carpe Diem e a música!






LIVRO DO DESASSOSSEGO


Fernando Pessoa amplifica os efeitos do imaginário e do paradoxo, do dizer uma coisa que sugere ou significa outra. Na autobiografia sem fatos a “máscara” é Bernardo Soares. O semi-heterônimo e semi-ortônimo de Pessoa é apresentado como um guarda- livros da cidade de Lisboa.
       À luz de Dostoiévski, Fernando Pessoa se auto - fragmenta e seleciona Bernardo Soares como transmissor desse sentimento desassossegante. Sua obra filosófica reflete o enigma que é sua alma e suas reflexões surpreendentes, que são insuportavelmente além da originalidade e aquém de uma postura puramente poética.
Após exames textuais descobriu-se que Bernardo Soares, o narrador principal, mas não excluso do “Livro do Desassossego” era próximo de Pessoa; muitas de suas reflexões, principalmente as existenciais de Soares fariam parte da autobiografia de Pessoa. A obra magistral de Fernando Pessoa, o “Livro do Dessassossego” dialoga com inúmeros outros textos de Fernando Pessoa e outros ilustres autores como Cesário Verde, Homero, Mallarmé, Salomão, Victor Hugo, sem deixar de mencionar os seus heterônimos Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis.
A máscara semi-heteronímica de Pessoa, Bernardo Soares foi sua aposta (uma maravilhosa e desassossegante aposta). Além de assumir o controle do Livro do Desassossego, Soares quase se apoderou de uma importante fase poética de Pessoa – ele mesmo. Bernardo Soares como os outros Pessoa sofre da solidão de um ego ausente, de um desassossego, um significante formalmente desassossegado.

Bibliografia:
CAVALCANTI FILHO, José Paulo. Fernando Pessoa: Uma quase autobiografia / José Paulo Cavalcanti Filho. Rio de Janeiro: Record, 2011.

PERRONE- MOISÉS, Leyla. Fernando Pessoa: aquém do eu, além do outro/ Leyla Perrone – Moisés. – 3ª ed. ver. e ampl. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

PESSOA, FERNANDO. Livro do desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Organização Richard Zenith. 3ª ed- São Paulo: Companhia das Letras, 2011.